O Homem-Lobo.....

Em 1941, o lendário actor Lon Chaney Jr. daria vida a Larry Talbott, um homem que regressa a casa para apaziguar a sua relação com o Pai, Sir John Talbott, após ter conhecimento da morte do seu irmão.. Aí, Larry conhece Gwen Conliffe, dona de uma casa de antiguidades na qual compra uma bengala com uma pega em forma de Lobo.. Gwen explica-lhe que esta representa um Lobisomem, uma criatura que é Homem durante o dia e Lobo durante as noites de Lua Cheia.. Ao salvar uma amiga de Gwen de ser morta por um lobo, Larry é mordido pelo animal e depressa descobre que ele mesmo se transformou, ele mesmo, num Lobisomem... George Waggner realizou o filme que faria entrar as lendas sobre lobisomens no vocabulário popular e no imaginário comum e colocaria esta criatura entre os Monstros de Terror clássicos, ao nível de Dracula e da criação de Frankenstein e Lon Chaney Jr., filho do actor que já fora o Fantasma da Opera, iniciava um rol de papeis que incluiria Frankenstein, a Múmia e o Filho de Dracula, o conde Alucard..Em 2010, coube a Joe Johnston recriar o mito do Lobisomem, num remake do filme de 1941.. Johnston contou com o intenso Benicio Del Toro como Lawrence Talbott, com Anthony Hopkins como o seu pai, Emily Blunt como Gwen e Hugo Weaving como Inspector Aberline.. A obra de Johnston seguiu muito do enredo do filme original, acrescentando-lhe efeitos especiais de ponta e a caracterização do fantástico Rick Baker, que viria a vencer o Oscar pela sua contribuição.. Apesar de todos os valores desta última produção, a fita que se mantém na memória colectiva é a de Lon Chaney Jr. e do seu Homem Lobo..................................................

Deuses e Monstros... reais.....

Dois filmes, em particular, trouxeram-nos a experiência por trás da câmara daqueles que seriam considerados os melhores filmes dentro do seu género: os filmes de monstros dos anos 20 e 50..

Nosferatu, de 1922, realizado pelo alemão F. W. Murnau, conta-nos história do Conde Orlock interpretado por um estranho e poderoso Max Schrek, baseando-se na obra imortal de Bram Stoker, Dracula.. Por sua vez, A Sombra do Vampiro é um filme de 2000 que nos mostra os bastidores (ficcionados) da produção da imortal película.. Willem Dafoe ressuscita Schrek numa interpretação merecedora de uma nomeação ao Oscar, revelando-se verdadeiramente intenso no papel do actor que todos julgavam ser um vampiro real....

Já Deuses e Monstros mostra-nos a vida de James Whale, realizador de Frankenstein e da sequela A Noiva de Frankenstein, e a sua relação com Clayton Boone, o jardineiro de sua casa.. O filme realizado por Bill Condon em 1998 contou com uma excelente prestação de Ian McKellen na pele de Whale, que combateu a depressão e tentava enquadrar a sua homossexualidade na vida quotidiana da década de 50 antes de ser encontrado morto na piscina de sua casa....Dois filmes magníficos a descobrir, para entender como a arte imita a vida.. e vice-versa...........................

A Noiva do Monstro.....

Pretorius, mentor de Frankenstein, convida-o a tentarem criar uma companheira para a Criatura, fazendo emergir "um novo mundo, de deuses e monstros!".. Depois de perseguido por uma multidão em fúria, a criação de Frankenstein encontra um grupo de ciganos que o acolhem.. Um velho cego ensina-lhe palavras como "bem" e "amigo", mas o Monstro é obrigado a fugir e depressa descobre a experiência de Pretorius.. Este e Frankenstein dão vida à sua nova criação, mas esta rapidamente repudia a Criatura, que liberta o seu criador e Elizabeth, e toma a vida de Pretorius e da sua "Noiva" recém renascida....

O filme que serviu de sequela à adaptação cinematográfica do romance original de Mary Shelley, realizado em 1935 pelo mesmo realizador do primeiro filme, James Whale, A Noiva de Frankenstein é considerado um filme superior à obra de 1931.. É, ainda hoje, considerada a obra-prima de Whale, uma das melhores entre as fitas de terror e uma das histórias definitivas sobre Frankenstein e a sua Criação...............................